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Câmara e departamento de trânsito discutem sobre carros rebaixados

30/05/2016 08:20:00

Uma extensa discussão sobre os carros rebaixados iniciou na rede social após a postagem de uma foto com um veículo saveiro que ficou trancada em um quebra-mola na Rua Marechal Floriano. O assunto causou revolta entre os motoristas dos rebaixados e motivou uma reunião entre os usuários destes veículos, câmara de vereadores e departamento de trânsito.

Na oportunidade alguns jovens que tem seus carros rebaixados queixaram-se de lombadas elevadas irregulares, entre elas a que está na Rua Marechal Floriano (onde iniciou o problema), Rua Jaques Los e General Neto. De acordo com os motoristas estas lombadas não seguem o tamanho previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Outra situação levada por ele até o departamento foi da intenção de realizar uma carreata na avenida para conscientizar a população de que não há irregularidade de ser carro rebaixado, visto que existe desde 2014, uma resolução de nº 479 de 20 de março, que regularizou rebaixar os veículos. Na época foram reunidas várias entidades e empresas, para que fosse possível esta legalização pelo CONTRAN, que anteriormente só permitia a suspensão fixa.

O vereador Paulino de Moura foi quem acompanhou os jovens até o departamento de trânsito, onde foram recebidos pelo diretor Diogo Bottega e tiveram a oportunidade de expor o problema e em conjunto buscarem uma solução. Após um bom tempo de conversa, o diretor concluiu que “a problemática que envolveu tudo isso foi justamente a polarização de ideia na rede social, pois vocês trouxeram aqui que as pessoas os julgam como se fossem criminosos ou contrários a lei e sem saber que efetivamente existe a possibilidade de se ter carros rebaixados, desde que legalizado com laudo aprovado por engenheiro ou responsável técnico do Inmetro”, afirmou.

Além disso, rebateu a ideia dos jovens que tinham a pretensão de fazer uma carreta com esses veículos para mostrar à comunidade, pois, de acordo com o diretor essa ação causaria um efeito contrário ao pretendido por eles. “Ao invés de fazer um movimento desse gênero, sugeri a eles que buscassem os veículos de comunicação, e me coloquei a disposição deles também para informar a parte técnica, dizendo que é legal desde que haja esse laudo como prevê o próprio código de trânsito” declarou Diogo. Com essa sugestão Bottega disse acreditar que “estas pessoas que taxam vocês de irregulares possam ser informadas do que é o correto e o que não é, já para evitar a polêmica de se fazer carreata, o que em minha opinião seria pior” destacou.

Em relação às lombadas elevadas, que foi o motivo que iniciou essa discussão na rede social, o diretor do trânsito, declarou que “em todos os municípios existem coisas a serem adequadas, e Carazinho não é diferente, mas antes de tudo eu preciso que as pessoas entendam que eu não posso parar todo o trabalho do departamento para avaliar cada uma das lombadas existentes porque eu dependo da questão orçamentária” afirmou. Contudo, se comprometeu de que aos poucos essas situações serão colocadas dentro do padrão.

Por fim, o diretor de trânsito disse que o “mais importante, além de toda essa discussão, é que verificamos que as pessoas estão com os ânimos bastante elevados, percebe-se que o trânsito é muito importante ser debatido e temos que começar a nos dar conta que ele faz parte da nossa vida, esse assunto pode ser um divisor de águas para se pensar na  mudança de comportamento das pessoas em toda a cidade” afirmou. Nesse sentido, reforçou sobre as lombadas elevadas, pois segundo ele, se houvesse maior conscientização das pessoas não seria necessário se ter “quebra molas”. “Se as pessoas respeitassem as normas de trânsito e a velocidade não seria necessário colocar a lombada física, precisamos mudar o comportamento e pensar em um trânsito mais seguro, educado, respeitoso, consciente e harmônico com o que está prescrito pelo CTB”.