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Vereadores e entidades discutem sobre turno único

1 min atrás

 

 

Na manhã desta segunda-feira (03), uma reunião entre vereadores OAB e Associação Comercial e Industrial de Carazinho – ACIC discutiu sobre o projeto do turno único do Executivo Municipal que está tramitando na casa e deverá ir a votação na próxima segunda-feira. O encontro foi idealizado pelas entidades, com o intuito de poder ampliar a discussão do projeto que afetará a classe empresarial e, principalmente, a população.

Sendo assim a diretoria das entidades e os vereadores se reuniram no salão social do Palácio do Comércio para que cada um dos presentes pudesse expor a sua opinião referente ao projeto. A abertura da reunião foi feita pelo presidente da ACIC, Jocélio Cunha que agradeceu aos vereadores que se fizeram presentes e mostrou-se insatisfeito em relação as sugestões feitas pelas entidades ao Executivo referente a redução de gastos e que se quer obtiveram resposta.

O presidente do Legislativo, vereador Paulino de Moura parabenizou a entidade pela iniciativa  e valorizou a importância da entidade em se preocupar com o projeto que causa preocupação a comunidade. Considerou que o projeto deverá ir a votação na próxima semna e sugeriu que cada um dos presentes expusesse a opinião referente ao projeto e em seguida os vereadores se posicionariam também.

O primeiro a falar sobre o assunto foi o presidente da OAB subseção Carazinho, o advogado Júlio Piva, onde disse que o turno único não era nenhum avanço para o município, principalmente porque se trata de uma diminuição de carga horária e atendimento a comunidade. “A contensão de despesas não pode atingir a sociedade” destacou ele.  Na mesma linha, o advogado César Souza defendeu que o município não pode pagar mais por menos serviço. Também disse a finalidade do setor público é de atender prestar atendimento a comunidade que com esse PL o executivo estaria indo contra a finalidade do setor. Comentou ainda que se estuda uma ação popular caso o turno único seja implantado.

O vice-presidente da ACIC Cassiano Vaillati aproveitou o posicionamento do advogado César Souza e complementou que, “nesse raciocínio do doutor César, pagando o mesmo valor por menos serviço prestado pode se caracterizar um aumento de salário” afirmou.  Disse ainda que se tem feito “terrorismo com o funcionalismo” de que pode não haver dinheiro para o salário dos servidores no futuro. Contudo, ressaltou que as empresas estão em dificuldades financeiras e isso tem motivo mais serviço e não a diminuição dele. Segundo ele, essa situação acaba jogando o funcionalismo contra os vereadores.

Em seguida, a diretora ACIC e também da Ulbra Carazinho Mari Taietti usou a própria universidade como exemplo “enquanto Ulbra sabemos o que é se adequar com a redução de valores” declarou. Ao mesmo tempo afirmou que a solução dos problemas não deveria ser “as custas da população”.

Já o diretor da UPF e também membro da diretoria da ACIC, Hélio Büllau destacou que com a diminuição de horas trabalhadas, consequentemente haverá atraso de serviço o que também não seria bom para o meio empresarial que já sofre com os prazos estipulados para documentação. Como exemplo citou o empresário Sidnei Meyer que estava ao seu lado e complementou dizendo que vários cargos foram criados nos últimos dias “ e isso mostra que se tem uma demanda, não podemos deixar de atender a população, deve-se buscar outras alternativas”.

Gelso De Carli se pronunciou em nome da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, onde destacou a dificuldade em conseguir a regularização de um local. “Nossa categoria sofre muito, é demorado de mais, são 20 dias para a ratificação para dar a certidão, depois mais 20 dias no topógrafo e aproximadamente mais 20 dias para o planejamento liberar, ou seja, quase dois meses para conseguir a regularização e ainda querem diminuir o horário de atendimento?” questionou.

Em seguida foi a vez dos vereadores exporem suas posições. Entre os presentes estavam Anselmo Britkze, Eduardo Assis, Estevão De Loreno, Erlei Vieira, Fernando Sant’Anna, Paulino de Moura, Otto Gerhardt e Rudi Brombilla. Todos foram unânimes, onde se disseram contrários ao projeto de lei. Gauchinho afirmou que estará indo a Porto Alegre buscando mais subsídios para debater sobre o assunto. Ao mesmo tempo, declarou que o projeto pode não ir a votação e que pensa em uma emenda ao PL original para que o mesmo possa tramitar mais um tempo na casa. Já Rudi Brombilla afirmou que ouviu muitas pessoas, inclusive a contabilidade do Executivo e que não está convencido que está é a melhor saída. O vereador Otto,disse que a história já é suficiente para que esse projeto não seja aprovado, uma vez que isso nunca funcionou e não será desta vez que dará a solução esperada. Declarou que o momento era de discutir ações eficazes.  Fernando defendeu a redução drástica em CC’s, nesse mesmo sentido, o vereador Eduardo Assis,  defendeu a redução de não somente CC’s , mas também de contratos do CIEE. Ressaltou que tem receio quanto ao funcionalismo, mas que deveria ser pensado em uma medida para que houvesse arrecadação e não em turno único.

O assunto também deverá ser discutido com o prefeito municipal, onde as entidades afirmaram que buscarão um diálogo, para que possam ser ouvidos.

 

 

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