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Funcionamento das Lojas de Conveniência dos Postos de Combustíveis

1 min atrás

A presidente Sandra Citolin foi procurada pelos proprietários dos Postos de Combustíveis Grossi e do Baixinho que ao tomarem conhecimento da aprovação do Projeto de Lei Complementar 35/2011 de autoria do vereador José Jairo Scherer, Solinha, sentiram-se prejudicados financeiramente por terem de fechar suas lojas de conveniência às 24h e somente retornarem as atividades 06h.

Visando promover um amplo debate sobre o tema a presidente Sandra Citolin promoveu na tarde de ontem, no plenário do Legislativo um encontro que reuniu representantes da Polícia Civil, Brigada Militar, UACC, vereadores, CONDICACAR, Conselho Tutelar, entidades de classe e fiscais do município.

A presidente inicialmente abriu espaço para o representante da Polícia Civil que considerou louvável a criação dessa legislação que vem a contribuir com o trabalho das autoridades policiais, segundo Danilo, "nos ambientes de aglomerações ocorrem alguns transtornos no exercício de 24h como o consumo de álcool excessivo drogadição, dentre outros fatores",o delegado ainda sugeriu a implantação da normatização de horários em outros estabelecimentos como alguns bares que se formaram próximos aos postos.

Sandra Citolin explicou aos presentes o trabalho realizado pela promotora de justiça Dra. Clarissa Amélia Simões Machado, que propôs um Termo de Ajustamento aos postos de combustíveis e obteve bons resultados como o fechamento da maioria dos postos após a meia noite, restando apenas os dois presentes que tiveram de realizar diversas adequações para continuar suas atividades. Sandra instigou a todos a realizar uma reflexão, quanto à responsabilidade de cada um na comunidade e o quesito do interesse individual em superar o interesse coletivo.

Para o Capitão Juliano Moura o que ocorre nas aglomerações de pessoas e o alto consumo de álcool acabam ocasionando outros crimes, caso a lei entre em vigor irá com certeza facilitar o trabalho da Brigada. O Capitão ainda ressaltou a sua visão sobre as o comercio dos postos ser a venda do combustível como atividade fim.

O vereador Felipe Sálvia comentou sobre a necessidade de se aprofundar o debate acerca dessa Lei que teve um tramite rápido no legislativo e na sua visão não foi analisada exatamente suas conseqüências. Sálvia ainda ressaltou "é preciso proteger nossos jovens", não estamos contra os postos de combustíveis, mas o problema deve ser encarado por toda sociedade e alguma atitude deve ser tomada.

Sálvia ainda comentou sobre a existência de muitas legislações boas, criadas pelos vereadores, que não são cumpridas, o vereador ventilou a possibilidade de instaurar um "CPI das Leis" para apurar o porquê existe pouca fiscalização por parte da prefeitura.

O proprietário do posto Grossi comentou que os postos não são culpados pela situação instaurada, "tomamos diversas medidas para diminuir os transtornos ocasionados a sociedade, como a delimitação de espaços entre as pessoas e as bombas de combustíveis, melhoria na iluminação no entorno do estabelecimento, contratamos seguranças dentre outras ações", o proprietário ainda comentou sobre a possibilidade de existir demissões caso tenha de fechar sua loja de conveniência no horário previsto em léi.

O administrador do posto do Grossi, Nicolau Antônio Kern ainda trouxe para o debate que na aglomeração formada nos postos o comércio das bebidas não é exclusivamente das Lojas de Conveniências dos Postos, "no caso do Baixinho estima-se que 40% das bebidas alcoólicas sejam compradas na loja de conveniência, 20% os usuários trazem de casa e os 40% restantes são comprados nos comércios das imediações", o administrador ainda comentou que se os estabelecimentos sejam fechados irá inviabilizar o funcionamento do posto de combustível 24h, pois o comercio da loja de conveniência durante a madrugada contribui para a manutenção do negócio.  

Participou do encontro também uma moradora das imediações do posto Grossi que relatou o que os vizinhos sofrem diariamente com a perturbação do sossego, "a situação se agrava na sexta-feira e no sábado não conseguimos dormir. Tentamos contato com a Brigada, quando conseguimos e eles atendem o chamado a situação se resolve por pouco tempo, quando os policiais se afastam o barulho retorna. Estamos passando por diversas situações constrangedoras. Outro agravante é a desvalorização dos imóveis da região atualmente ninguém mais quer comprar imóveis ali, alguns apartamentos de aluguel estão vazios há meses.", a moradora concluiu comentando que o negócio dos postos é a venda de combustíveis não de álcool engarrafado.

O presidente da CDL, Claudio Hoffman ressaltou a importância de direcionar o olhar para o lado social deixando um pouco de lado o lado comercial, o financeiro.

Por sugestão do vereador Estevão De Loreno será realizada uma audiência pública que irá reunir os moradores das imediações e a comunidade para discutir a necessidade de mais medidas ou se pode abrandar a lei permitindo o funcionamento para um horário mais longo.

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