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Comunidade se mobiliza e pede por segurança pública durante sessão da Câmara

03/07/2017 20:29:00

A sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta segunda-feira (03) não teve nenhum projeto em apreciação, contudo, contou com um grande número de pessoas que, através de um protesto silencioso, pediram por segurança. Este é um dos principais problemas que atingem o município e que vem gerando grande indignação e medo em toda a comunidade, mas que foge do alcance do governo municipal.

A preocupação é de tempos e tem sido motivo de diversas reuniões junto as autoridades do Governo, algumas conquistas já foram alcançadas como a liberação das horas extras para pagamento dos policiais da Brigada Militar, que vem possibilitando mais viaturas nas ruas. Porém, a falta de efetivo é a principal reivindicação de toda a comunidade e foi motivo de diversos ofícios encaminhados até o Executivo Estadual. A defasagem de pessoal é de conhecimento de todos e vem contribuindo para que cada dia aumente o número de assaltos, furtos, tentativas de homicídios e homicídios. Este último,  é o que mais preocupa o poder Legislativo de Carazinho, prova disso foi uma reunião na secretaria de segurança do Estado na última semana, onde foi novamente solicitado efetivo para a BM.

Grande Expediente:

A delegada Rita De Carli, presente na sessão, foi convidada para fazer uso da Tribuna e falar da criminalidade enquanto Delegada de Polícia. Em nome da Polícia Civil, garantiu que todos da DPPA estão trabalhando para dar uma resposta à comunidade e a família e trouxe os números dos últimos três anos com um aumento expressivo na criminalidade “tivemos em 2015 o registro de 22 homicídios consumados; em 2016 registramos 31casos e 40 tentativas; em 2017 11 homicídios, 14 tentativos e 2 latrocínios”. Esses dados, de acordo com a delegada, são números elevados “se consideramos que moramos em uma cidade com 60 mil habitantes e que tinha tudo para ser uma pacata cidade do interior do estado”, comento. Além disso, relatou da realidade da delegacia, onde “os polícias enfrentam uma dificuldade de efetivo, se enfrenta um momento de crescente na violência, ao mesmo tempo em que diminui nossa força de trabalho”, lamentou De Carli.

Em seguida, foi a vez do Capitão Juliano Moura do 38º BPM, se vive um crescente aumento dos índices criminais, principalmente no tange o delito homicídio. “Em relação a atuação, quero deixar bem claro que nós, apenar do pouco efetivo, procuramos ser pró ativos e atuar da melhor forma possível.Todos os dias há prisões, há armas retiradas de circulação” afirmou. Também comentou que há três anos criou o programa Avante na Brigada Militar e estabeleceu-se sete demandas, onde “diariamente somos cobrados para reduzir esses índices”. Por fim, apelou a comunidade dizendo que “não podemos só nos mobilizar quando morre uma pessoa de bem, por mais que seja uma briga entre o tráfico, foi se tornando tão banal que chega em nós, como chegou”, se referindo a morte do empresário Decio Jost.

Em seguida, foi aberto aos vereadores o espaço do grande expediente e, como forma de respeito, o mesmo foi suprimido e cada vereador teve dois minutos, dos seis que estão previstos no regimento interno. Todos usaram a tribuna para falar do sentimento da perda e da necessidade de uma iniciativa imediata por parte do Governo do Estado.

Após os pronunciamentos, os vereadores seguiram em caminhada em conjunto da comunidade, até a Prefeitura Municipal

O morador Sérgio Schu foi quem falou em nome de todos os presentes  onde afirmou que “Os comerciantes que estão aqui não tem mais coragem de abrir as portas pela  manhã, alguns não perderam a família por detalhe” e por isso  sugeriu para que fosse “plantada uma sementinha aqui, em busca de resultados, para que a morte do Décio não seja em vão”, finalizou. 

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