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Câmara busca harmonia com Executivo através de entidades de classe

1 min atrás

 

“Com toda humildade do mundo estamos pedindo socorro a vocês” , disse presidente da Câmara de Vereadores Paulino de Moura


A Câmara de Vereadores de Carazinho recebeu nesta quinta-feira (12) representantes das entidades de classe do município para tentar resolver algumas situações consideras preocupantes na atual administração. O convite foi realizado a todos os vereadores, onde somente cinco se fizeram presentes, sendo eles Alaor Tomaz, Erlei Vieira, Eduardo Assis, Gian Pedroso, Orion Albuquerque  e Paulino de Moura. Os vereadores Anselmo Britzke e Rudi Brombilla estão em Porto Alegre e por este motivo justificaram a ausência.

A intenção do legislativo é de estabelecer um diálogo com o poder executivo para que Carazinho seja realmente uma referência no desenvolvimento, saúde e educação. Sendo estas as principais bandeiras levantadas durante a campanha da atual administração.  Por este motivo, o encontro serviu para discutir algumas linhas de raciocínio que todos concordaram serem importantes para a comunidade, tanto que as alternativas postas em discussão foram levantadas pelos próprios empresários e representantes de entidades que ali se fizeram presentes.

O presidente da câmara Paulino de Moura abriu os trabalhos reforçando o orçamento e também os 6% que foram repassados ao poder legislativo. Disse também que de todo o dinheiro já destinou R$ 336 mil para o funcionalismo público, R$ 550 mil para o HCC através da reserva de contingência e mais R$ 300 mil que foram repassados para o pagamento de contrato do HCC. Com isso, Paulino ressaltou que o poder está abrindo mão de tudo e buscando trabalhar junto com o executivo para o bem da comunidade. Porém que não estão sendo ouvidos pelo prefeito e que neste momento achava que era hora das entidades, como comunidade, buscasse esse diálogo para o fortalecimento de uma cidade que tem perdido muito.  Para Paulino o atual governo vive sem “prioridades” e que isso gerava o descontentamento de muitas pessoas ao mesmo tempo preocupação do rumo em que está se tomando.  Mencionou a volta de Paulo Barboza a administração e que tenha desejou que ele faça um bom trabalho na agricultura.

O presidente do Legislativo ressaltou também que o que motivou o encontro é de que o prefeito não houve mais os vereadores, nem da oposição, menos ainda da base aliada, sendo este o momento de pedir socorro a comunidade.

Em seguida o vereador Eduardo Assis também mencionou da dificuldade e que a Câmara busca nesse momento parceria com as entidades. Segundo ele, neste momento são necessárias “forças vivas e não mais pessoas políticas”. Para Assis está ocorrendo entre os dois poderes um “diálogo de surdos” e por este motivo está tudo abandonado. Ressaltou que a sua maior demanda é o desenvolvimento “trazer novas empresas, gerar novos empregos” ressaltou o vereador. E que neste momento a participação das entidades era fundamental pois eles “tem boas ideias”.

O próximo a falar foi o vereador Orion Albuquerque que externou uma preocupação muito grande e pediu socorro a todos. “Apesar de sermos um poder e dever de mantermos a harmonia, está difícil “ declarou. Para ele o prefeito é “uma pessoa difícil de lidar e hoje estaremos reunindo a executiva do partido para definir a nossa permanência ou não da base aliada” comunicou aos presentes. Disse que a forma de gestão atual ele não compactua e espera uma definição do partido para que alguma decisão seja tomada em definitivo. Relembrou o pai Iron Albuquerque que sempre destacava “as pessoas não precisam saber se tudo, mas precisam se rodear de pessoas que saibam e isso não acontece”, lamentou Orion. Disse ainda se sentir envergonhado por ter participado da eleição de Renato, não retirando de sua culpa também, mas lamentou que o poder do vereador é limitado dependendo muito da realização do executivo. Ou seja, cabe ao vereador pedir e indicar melhorias e esperar para que sejam atendidas.

O vereador Alaor Tomaz também se pronunciou onde declarou que “nós legisladores também representamos a comunidade que nos perguntam, cobram e não entendem que nós não temos o poder de executar” lamentou o vereador. “Espero que com os senhores nós consigamos resolver os problemas, a gente quer que as coisas aconteçam, que se tenha mais espaço profissional, maior desenvolvimento econômico, que sejamos referência na educação e também no esporte”, declarou. Por fim disse que este é um “pedido de socorro a vocês, pela importância dos senhores”.

Gian Pedroso contou de sua história antes de entrar na política e também o que o motivou a entrar nela. De acordo com ele não concorreu para “ganhar status ou dinheiro, mas porque queria ajudar a comunidade e hoje não estou conseguindo”. Disse acreditar no interesse do prefeito, mas que hoje ele está rodeado de pessoas que não querem que as coisas aconteçam e que isso tem prejudicado a administração ressaltou.  Conforme ele “a comunidade clama por essas melhorias”.

Após as declarações dos vereadores o presidente do Sindicato dos Comerciários Ivomar de Andrade iniciou mencionando sua passagem pela Câmara de Vereadores onde destacou a humildade, que disse ter aprendido com seu pai e que esta abre portas. Disse que a sociedade não é composta por somente um poder, mas de um todo e que necessita trabalhar em conjunto. Afirmou que é preciso sonhar para que sejam alcançados os objetivos e se não estão sendo ouvidos, é preciso usar “cotonetes” e que quem sabe esses “cotonetes não sejamos nós, a comunidade”.

O presidente do Sindicar Milton Schmitz disse estar atento em busca do desenvolvimento da cidade que e lamentou o posicionamento do executivo. Afirmou que aos poucos está perdendo  a esperança porque as pessoas que estão lá dentro não querem ajuda e não aceitam ajuda. Disse que a administração precisa de humildade para que as coisas realmente aconteçam.

Em sequência o presidente da OAB subseção Carazinho Julio Piva ressaltou que  as entidades sempre foram parceiras, onde muitas vezes deixaram de seus compromissos para atender o chamado do executivo,  legislativo ou da comunidade. Afirmou estar de inteira disposição e relembrou da Carta de Carazinho entregue para a administração quando eleita pelas entidades de classe, onde consta sugestões e que a partir dela seja realizada uma análise e novas reivindicações para levar até o prefeito municipal. Afirmou também que a OAB continuará cumprindo com seu papel.

Representando a ACIC, Sidnei Meyer pediu aos vereadores que fosse dado um prazo de pelo menos uma semana para que cada entidade pudesse se reunir com sua diretoria e discutir as demandas prioridades. A intenção é que essa nova carta seja uma “espinha dorsal” para os rumos a serem seguidos para a administração, não como imposições e sim sugestões a serem seguidas para que o município torne a ser destaque na região.

O presidente do Sindilojas Erselino Zottis ressaltou durante 60 anos em Carazinho já viu muitas indústrias pioneiras crescerem dentro do município e que hoje  não se tem mais nada. “Quantas crianças temos matriculadas nas escolas da cidade? Temos que pensar em gerar empregos para esta geração que está chegando” afirmou Zottis. Ressaltou que aguardou por 25 anos para conseguir uma obra que está quase concluída, sendo esta a nova sede do Sesc. Ressaltou o desejo de trazer uma extensão da faculdade do Senac e que já encaminhou o pedido a Porto Alegre. Levantou a questão do videomonitoramento que é prioridade para a cidade, garantir a segurança das pessoas. Por fim conclui que levará o assunto a diretoria para ver “o caminho que vamos seguir”.

Da Câmara dos Dirigentes Lojistas Leandro Reinheimer destacou a grande preocupação com o trânsito de Carazinho, mas principalmente com o videomonitoramento que foi solicitado essa semana pela Brigada Militar, onde já foram realizadas 27 reuniões “ e se preciso vamos fazer mais 27 para conseguir”. O ex-presidente da CDL Cláudio Hoffmann, que também participou da reunião, destacou que agora é o momento de tentar restabelecer o diálogo entre os poderes, para que possa haver desenvolvimento, pedir pelo efetivo da BM e polícia civil, apoio ao HCC entre outras muitas ações que são necessárias.

Representando UACC Airton Link ressaltou que problema existe e que é político, mas que é necessário que todos se unam para ajudar. “Ando nesses bairros e vejo também que vocês não são atendidos, nós também fazemos solicitações e não somos ouvidos” informou. Para ele o problema tem solução, mas para isso é preciso que todos estejam juntos.

O presidente do Consepro Danilo Flores disse que há um desgaste e que vem crescendo e que os anseios da comunidade já não chegam a administração. Que na atual administração tudo tem que passar pelo prefeito, “ele tem como característica visionária, mas ao mesmo tempo centralizadora” e precisa de um mediador para colaborar com o executivo na solução dos interesses da comunidade.

Por fim, durante a reunião ficou definido que as entidades farão um encontro para discutir as demandas e na última semana de fevereiro haverá uma reunião com o executivo e legislativo para que sejam discutidos caminhos para o desenvolvimento. 

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